Conhecer a viabilidade econômica e financeira de um empreendimento, no seguimento pretendido, antes de iniciar as atividades, tem sido um grande desafio para o micro e o pequeno empresário.
Assim como em qualquer forma organizacional, para uma boa gestão dos negócios faz-se necessário potencializar ações voltadas às boas práticas de governança. O que por consequência maximizará a lucratividade e minimizará os índices de mortalidade, que tanto atormentam estas formas organizacionais nos seus primeiros anos de vida.
Veja o que dizem as estatísticas SEBRAE a esse respeito:https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/sebraeaz/mortalidade-e-sobrevivencia-das-empresas,d299794363447510VgnVCM1000004c00210aRCRD
Neste sentido, para afugentar o fantasma da morte precoce e,, em busca de respostas mais satisfatórias, microempresários devem se preocupar com a busca das diversas informações referentes ao seu negócio. Mas, sobretudo, com enfoque nos aspectos legais junto aos entes federativos e representativos, de ordem tributária, trabalhista, previdenciária, contábil e fiscal.
Estudos diversos indicam que a falta de planejamento tem sido uma das principais causas dos fracassos empresariais. Portanto, esses levantamentos serão referenciais importantes para a criação de indicadores de desempenho, que apontarão caminhos que a nova empresa deverá percorrer. O planejamento inicial será como uma bússola, que indicará o norte a ser seguido.
Outro elo muito importante do mundo dos negócios é a contabilidade. Esta deve transcender a lógica fiscal. Sua importância se fundamenta desde o início dos estudos preparatórios, passando pelo repasse de informações até a apresentação de soluções necessárias para a tomada de decisão dos gestores.
Além disso, e não menos importante, a tecnologia contemporânea torna a logística das informações mais dinâmica e precisa. A decisão da tecnologia empregada no negócio é muito importante no planejamento empresarial. Ela possibilita uma tomada de decisão mais técnica e bem-sucedida. A comunicação eficiente e eficaz é fundamental para o sucesso empresarial e ajuda a definir o rumo dos negócios.
Neste processo, cabe aos empreendedores avaliar na concepção do negócio, além das oportunidades, riscos, vantagens, pontos fortes, pontos fracos e desvantagens, que o mercado também impõe aos investidores.
Um bom exemplo da questão pode ser apresentado quando os profissionais autônomos constituem uma Pessoa Jurídica sem estudar as mudanças no cenário dos custos administrativos, operacionais e tributários, podendo comprometer a saúde financeira da organização.
Entretanto, se o profissional deseja mudar a condição de Autônomo para Pessoa Jurídica e não desenvolveu um trabalho de viabilidade econômica e financeira e seu projeto já está em desenvolvimento não se desespere. O ideal é fazer uma reconfiguração do negócio e buscar uma situação mais confortável ou, até mesmo de uma forma mais simplificada, calcular pelo menos o ponto de equilíbrio (relação receitas/custos) para determinar o nível de faturamento satisfatório.
Para concluir, diante das estatísticas de mortalidade precoce das micro e pequenas empresas em todo país, não basta aos gestores apenas afinidade com a atividade. Faz-se necessário ser empreendedor e atuar por meio de uma administração profissional e responsável.
*Marcio Martins é sócio e administrador da Minasconte Contabilidade